quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Notoriedade ou escuridão


Igreja brasileira recebe celebridades em seus cultos, passam a ocupar mais espaços na imprensa e precisa lidar com a vaidade

O texto de Habacuque capítulo 3 registra a oração do profeta pedindo ao Senhor que promova um avivamento na obra e torne-a conhecida. Penso que os dias de notoriedade da igreja estão chegando.

Ao longo da história, o cristianismo ocupou as primeiras páginas dos jornais. O Avivamento da rua Azusa no início do século XX, o evangelista Billy Graham foi capa de revistas e manchetes de jornais, Reinard Bonnke, pregador alemão que dedicou-se ao evangelismo no continente africano e muitos outros. No Brasil, especialmente a partir das eleições de 2018, os evangélicos ocupam, cada vez mais, espaços dos jornais.

Sites dedicados a noticiar fatos voltados ao público evangélico informam que personalidades nacionais e internacionais se converteram ao cristianismo. Foi publicado que a cantora Demi Lovato se batizou no rio Jordão, o ator Brad Pitt voltou a frequentar reuniões evangélicas, o cantor Arlindo Cruz foi ao templo e muitos outros se achegaram aos locais de culto cristão.

É claro que como cristão, dou glória a Deus, Mas pergunto: Será que são estes os dias de notoriedade pedidos em oração pelo profeta? Creio que não!

Se por um lado é bom que as celebridades se dirijam à igreja, por outro, a porta cultural se escancara, as produções artísticas ganham força e a estética toma primazia.  Ai surge a pergunta: Para aonde vai o espiritual da igreja?

Preocupo-me com a ampliação da atenção que a igreja pode dar aos ‘superestrelas’ que se renderam ao Cristo e, por isso, trilhe com mais força, o caminho da beleza externa. É lógico que as personalidades não constituem um problema para a igreja, pois, penso que eles vão ao Salvador com o intuito de busca-lo e conhece-lo a fim de fugir do mundo da vaidade, da idolatria e etc. Mas encontram crentes despreparados, que os tiram da cruz e o colocam novamente nos holofotes. Ai vira notícia.

Creio que a notoriedade pedida pelo profeta, não tem conexão com a que vemos hoje.

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