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Ontem,
26.01.2020, culto de Ceia do Senhor, preguei sobre os costumes praticados pela
igreja, onde sirvo como pastor, há 18 anos. Mostrei que algumas doutrinas que
cremos são inegociáveis. São elas: A queda do homem, a salvação apenas em
Cristo, pela graça de Deus, Cristo o filho do Deus vivo, trindade, batismo, inspiração
da bíblia entre outras, que não se pode mexer.
Diferente
das doutrinas são os costumes. Estes variam de lugar para lugar, de povo para
povo, de tempos em tempos e por ai vai. Segundo a bíblia, houve diferenças nos costumes
praticados pelos povos que adoravam a Deus. Vejam os motivos e desdobramentos da
história registrada no livro de Atos, a partir do capítulo 10.
Outro
exemplo está no de Levíticos 18.1-30, onde Deus emitiu um sinal de repreensão a
Moisés sobre os costumes praticados pelos povos do Egito, de onde eles saíram,
e também sobre os habitantes de Canaã, para aonde eles se dirigiam. Aqueles
povos praticavam coisas condenadas pelo Deus da bíblia, por isso, os hebreus
foram proibidos pelos de seguirem seus modelos.
Ainda
no Antigo Testamento, lemos em 2 Rs 17.24-34, que o rei da Assíria ao saber que na cidade de Samaria
leões devoravam pessoas e informado sobre a lenda que afirmava ser o
desconhecimento sobre o deus da terra o motivo da tragédia, mandou levar um
sacerdote de Betel a fim de ensinar as
referidas doutrinas sobre o deus da terra. O sacerdote foi, ensinou o povo
sobre o Deus dos hebreus, mas os samaritanos não abandonaram as práticas pagãs,
neste caso, serviram a todos os deuses e ao Deus dos hebreus.
Em
se tratando da igreja contemporânea, ela também passa pelo processo de mudança
que atinge a sociedade na qual está inserida. Falando das Assembleias de Deus,
onde congrego, há diferenças entre os costumes na adoração praticados por
igrejas da mesma denominação. Umas oram de joelhos, apenas de joelhos, outras,
não. Em algumas os hinos e louvores são acompanhados por orquestras, em outras
não. Há igrejas onde o jejum é praticado aos domingos pela manhã, antes e
durante a escola dominical, mas em outras não. Há diferenças na leitura da
bíblia, meios de estudos e muito mais. Mesmo com os diferentes costumes, a
igreja mantém as mesmas doutrinas.
Apesar
de todas as transformações de hábitos pelos quais a igreja passou, e ainda vai
passar, temos que abrir o olho para não retornamos ao paganismo.
Em
relação à cultura, nunca houve uma época em que a bruxaria estivesse tão
presente nas telas do cinema e, posteriormente, na internet como nos dias de
hoje. Estamos na era dos super-heróis, que envolvidos pelas forças das
bruxarias “salvam” a humanidade dos perigosos ataques dos vilões. Confiram de
onde vem a força do Shazam, do Pantera Negra, Lanterna verde e de tantos outros
que constroem a ideia de que ao homem escolhido é dado o poder da bruxaria para
salvar o mundo. O Shazam, por exemplo, recebeu a Sabedoria de Salomão, a Força
do Hercules, a Energia de Atlas, o Poder de Zeus, a Coragem de Aquiles e a Velocidade
de Mercúrio. Com exceção de Salomão, que foi rei de Israel, os demais são
deuses da mitologia grega. Mas o que isso tem a ver com os cristãos evangélicos
dos dias de hoje? Estes personagens começaram a aparecer nas decorações das
festas infantis do povo evangélico. Ah! Pastor!
Isso não tem nada a ver!
Como
não?! O mesmo cristão adora a Deus e está encantado pela bruxaria que envolve
os heróis!?
Sabemos
que o Shazam não existe, mas a magia, nele, explorada pela indústria do cinema
sim. A Ela a igreja combate há séculos. A mesma coisa é feita com os costumes
relacionados a roupas, festas regrada ao som de cantores e bandas seculares, bebidas
alcoólicas, tatuagens (realizadas após a conversão), músicas e cantores secular
nos cultos, como o pastor que, junto com sua banda, cantou Raul Seixas no culto
em que estava dirigindo. Essas coisas não fazem parte dos nossos costumes.
Lembrei-me
do casal que queria participar do encontro de casais que realizamos anualmente,
mas só participaria se o homem pudesse levar e ingerir bebidas alcóolicas durante
o evento, infelizmente, eu não o deixei ir para o encontro. Simples assim!
Como
escrevi no início do texto, os costumes mudam de igreja para igreja, por isso,
precisamos ensinar que alguns hábitos, hoje, praticados por algumas igrejas
evangélicas, não fazem parte dos nossos costumes.
Os
costumes mudam, e a igreja não deve estar distante de toda evolução pela qual o
mundo está passando. Mas não podemos permitir que em nome de toda essa evolução,
a igreja de Deus seja conduzida ao paganismo. Vale a pena meditar no texto de
Paulo, “Vejam que as más companhias corrompem os bons costumes”.