segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A presença do paganismo e secularismo na igreja

Imagem da internet

Ontem, 26.01.2020, culto de Ceia do Senhor, preguei sobre os costumes praticados pela igreja, onde sirvo como pastor, há 18 anos. Mostrei que algumas doutrinas que cremos são inegociáveis. São elas: A queda do homem, a salvação apenas em Cristo, pela graça de Deus, Cristo o filho do Deus vivo, trindade, batismo, inspiração da bíblia entre outras, que não se pode mexer.

Diferente das doutrinas são os costumes. Estes variam de lugar para lugar, de povo para povo, de tempos em tempos e por ai vai. Segundo a bíblia, houve diferenças nos costumes praticados pelos povos que adoravam a Deus. Vejam os motivos e desdobramentos da história registrada no livro de Atos, a partir do capítulo 10.

Outro exemplo está no de Levíticos 18.1-30, onde Deus emitiu um sinal de repreensão a Moisés sobre os costumes praticados pelos povos do Egito, de onde eles saíram, e também sobre os habitantes de Canaã, para aonde eles se dirigiam. Aqueles povos praticavam coisas condenadas pelo Deus da bíblia, por isso, os hebreus foram proibidos pelos de seguirem seus modelos.

Ainda no Antigo Testamento, lemos em 2 Rs 17.24-34, que o rei da  Assíria ao saber que na cidade de Samaria leões devoravam pessoas e informado sobre a lenda que afirmava ser o desconhecimento sobre o deus da terra o motivo da tragédia, mandou levar um sacerdote de Betel  a fim de ensinar as referidas doutrinas sobre o deus da terra. O sacerdote foi, ensinou o povo sobre o Deus dos hebreus, mas os samaritanos não abandonaram as práticas pagãs, neste caso, serviram a todos os deuses e ao Deus dos hebreus.

Em se tratando da igreja contemporânea, ela também passa pelo processo de mudança que atinge a sociedade na qual está inserida. Falando das Assembleias de Deus, onde congrego, há diferenças entre os costumes na adoração praticados por igrejas da mesma denominação. Umas oram de joelhos, apenas de joelhos, outras, não. Em algumas os hinos e louvores são acompanhados por orquestras, em outras não. Há igrejas onde o jejum é praticado aos domingos pela manhã, antes e durante a escola dominical, mas em outras não. Há diferenças na leitura da bíblia, meios de estudos e muito mais. Mesmo com os diferentes costumes, a igreja mantém as mesmas doutrinas.

Apesar de todas as transformações de hábitos pelos quais a igreja passou, e ainda vai passar, temos que abrir o olho para não retornamos ao paganismo.

Em relação à cultura, nunca houve uma época em que a bruxaria estivesse tão presente nas telas do cinema e, posteriormente, na internet como nos dias de hoje. Estamos na era dos super-heróis, que envolvidos pelas forças das bruxarias “salvam” a humanidade dos perigosos ataques dos vilões. Confiram de onde vem a força do Shazam, do Pantera Negra, Lanterna verde e de tantos outros que constroem a ideia de que ao homem escolhido é dado o poder da bruxaria para salvar o mundo. O Shazam, por exemplo, recebeu a Sabedoria de Salomão, a Força do Hercules, a Energia de Atlas, o Poder de Zeus, a Coragem de Aquiles e a Velocidade de Mercúrio. Com exceção de Salomão, que foi rei de Israel, os demais são deuses da mitologia grega. Mas o que isso tem a ver com os cristãos evangélicos dos dias de hoje? Estes personagens começaram a aparecer nas decorações das festas infantis do povo evangélico.  Ah! Pastor! Isso não tem nada a ver!
Como não?! O mesmo cristão adora a Deus e está encantado pela bruxaria que envolve os heróis!?

Sabemos que o Shazam não existe, mas a magia, nele, explorada pela indústria do cinema sim. A Ela a igreja combate há séculos. A mesma coisa é feita com os costumes relacionados a roupas, festas regrada ao som de cantores e bandas seculares, bebidas alcoólicas, tatuagens (realizadas após a conversão), músicas e cantores secular nos cultos, como o pastor que, junto com sua banda, cantou Raul Seixas no culto em que estava dirigindo. Essas coisas não fazem parte dos nossos costumes.

Lembrei-me do casal que queria participar do encontro de casais que realizamos anualmente, mas só participaria se o homem pudesse levar e ingerir bebidas alcóolicas durante o evento, infelizmente, eu não o deixei ir para o encontro. Simples assim!

Como escrevi no início do texto, os costumes mudam de igreja para igreja, por isso, precisamos ensinar que alguns hábitos, hoje, praticados por algumas igrejas evangélicas, não fazem parte dos nossos costumes.

Os costumes mudam, e a igreja não deve estar distante de toda evolução pela qual o mundo está passando. Mas não podemos permitir que em nome de toda essa evolução, a igreja de Deus seja conduzida ao paganismo. Vale a pena meditar no texto de Paulo, “Vejam que as más companhias corrompem os bons costumes”.

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