domingo, 26 de janeiro de 2020

Que tempo é este?



Na aula de hoje (26), na Escola Dominical, na classe dos jovens, estudamos sobre o significado do que Jesus fez por nós, na cruz. Entre os assuntos, à lição tratou sobre a dívida que o homem tem para com Deus, que é impagável.

Neste tópico, o autor discorreu sobre a questão de que não se achou alguém, entre os homens, capaz de abrir o livro e desatar os seus selos, mas apenas o Cordeiro tinha condições para realizar tal tarefa.

Quero isolar o texto do contexto sem formar um pretexto, como se define o princípio da heresia, sem a intenção de criar um desvio doutrinário, a fim de formular o pensamento sobre algo que julgo importante explorar neste momento. Quero falar sobre a competência e a omissão.

O comentarista da lição escreveu: “Em Apocalipse 5.1-5 João chora muito diante do doloroso fato de não haver ninguém, nenhum ser [humano], que pudesse abrir o livro selado”. Ele se referiu a dos momentos mais importante referente à escatologia bíblica, ou seja, final dos tempos. 

No entanto quando eu disse que isolaria o texto do contexto veja o que pretendo dizer: O livro precisava ser aberto e o selo desatado; havia necessidade de alguém que fizesse essa ação; havia a necessidade de alguém que se destacasse dos demais com intuito de fazer essa obra; por fim, havia a necessidade de que alguém que tivesse condição se apresentasse para fazer essa obra.

O fato que é que na visão de João ninguém foi encontrado em condições de fazer o trabalho, apenas o Cordeiro de Deus tinha as condições necessárias. No entanto, embora sabemos que Cristo jamais se rebelou contra o que estava estabelecido, ele voluntariamente, cumpriu tudo o que lhe estava proposto, e não se desviou ou fugiu do dever. No entanto, vamos imaginar, refiro-me à sua humanidade, o que seria dos homens se ele não quisesse cumprir a missão?

Ai está à questão: Jesus era o único capaz e ele fez exatamente aquilo para o qual estava capacitado.

Voltando à pergunta do início do texto, ofereço seguinte resposta: Diferentemente do Cordeiro de Deus, que se apresentou a si mesmo, sem mancha e nem mácula para executar a obra para o qual ele era o único capacitado, nós, os mortais, talvez os mais capazes de todos os seres criados por Deus,  não nos apresentaríamos como ele fez.

Somos seres capacitados, temos os maiores e melhores recursos, esbanjamos conhecimento, adquirimos competência para todas as coisas, mas quando chega o momento em que somos requisitados, diferentemente de Jesus, preferimos deixar as coisas sem fazer.  Seria este o tempo da omissão?

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