Muitos são os artigos que condenam a religiosidade e suas praticas que resolvi escrever sobre o tema. Primeiro procurei saber o que significa religioso e religiosidade no dicionário.
O Infopédia diz:
1.relativo ou pertencente à religião, pertencente a um
estabelecimento monástico, observador dos preceitos da religião que professa ,devoto,
pio, santo, zeloso, escrupuloso, figurado pontual
Aurélio: Frade, monge, Pertencente ou relativo à religião. Conforme
com a religião, piedoso, Pio, observador dos preceitos religiosos, Inspirado
pela religiosidade, Profundo, austero, respeitoso, Sagrado, santo, não profano,
Pertencente ou relativo a instituto monástico, Pontual, escrupuloso.
Religiosidade no Aurélio é qualidade de quem é religioso.
Partindo desse princípio, penso nas muitas mensagens que leio
nas redes sociais sobre a religião, libertação e desprendimento da
religiosidade. O pretexto é que tais práticas para nada serve a não ser escravizar o incauto, e nada tem a ver com Deus, graça, e que faz mal ao homem exatamente
por ter sido criado e praticado por homens.
Pensando nisso, trarei para a conversa a vida do Senhor Jesus Cristo que foi levado ao templo ao oitavo dia, com duas rolinhas para o sacrifício conforme ordenou Moisés em Lv 12.8 para as famílias que não conseguiam levar um cordeiro; passou pelo B`rit milah reunião de sabatina que constatava o amadurecimento do adolescente e o tornava um homem conforme o judaísmo; pagou o imposto cerimonial do templo (Mt 17.24) conforme a instituição de êxodo 31.11-16; chamou o templo de minha casa (Mt 21.12-13); todos os dias ensinou no templo como disse em Mt 26.55; permitiu que a mulher do fluxo sangue tocasse no tzitzit que era uma franja do talit ( Mt 9.20), enfim, cumpriu toda a lei (Lc 2.39) e viveu conforme o judaísmo dos seus dias.
Então pergunto: será que todas as vezes que o Senhor
pronunciou um discurso duro contra os religiosos da época falava contra si mesmo?
Teria sido ele um hipócrita? Teria ele usado de palavras fortes com os
religiosos quando ele era um?
Tais perguntas devem ser respondidas quando há intenções de
se criticar a religiosidade.
Muitos querem se livrar da igreja e do cristianismo e associam o
zelo de congregar, orar, ler a bíblia, a piedade, a caridade e a devoção com os fariseus e saduceus dos dias de
Jesus e a quem o discurso dEle se destinava. Com isso deixam de lado os bons costumes e
práticas religiosas, como as roupas, cerimoniais, liturgia e até mesmo ato de
congregar; e assim tornam-se cada dia mais relaxados, irreconhecível e
insociável ao cristianismo.
Na verdade, a fé cristã está sofrendo um ataque dos que pregam que o cristão deve libertar-se da escravidão religiosa por um lado, mas por outro, sofre os
ataques disfarçados de inspiração divina que tem como objetivo mergulhar a igreja
num sincretismo sem fim através do uso dos utensílios, roupas do cerimonial judaico, ou então, da transferência de unção e tantas outros movimentos. E com isso o crente foge cada vez mais do cristianismo e das responsabilidades com a fé cristã. Que Deus nos ajude!