Ao ler a história dos faraós do Egito percebemos que até os poderosos sofrem de algum temor que os deixam inquietos e inseguros.
Quem intentaria alguma coisa contra um faraó? Qual exército poderia vencê-lo? Ou qual homem teria a coragem de aplicar um golpe de estado?
Lemos na bíblia, que os faraós já nasciam com esse direito de governar a nação, pois o trono passava de pai para filho e em muitos casos os irmãos se casavam para que o trono não saísse de dentro de casa. Por isso, a história mostra que a maioria deles morria com pouca idade como Tutancâmon ao se casar com sua irmã, os dois filhos nasceram mortos e morreu aos 20 anos de idade aproximadamente. O certo é que não deveriam se preocupar com o sucessor ao trono porque o poder estaria sempre em sua casa.
Durante os quatrocentos anos dos hebreus como escravos no Egito, houve muitos faraós que sofreram desse mal que geralmente ameaça quem está no poder. A bíblia fala que após a morte de José, outros faraós que não temiam a Deus subiram ao trono e passaram a oprimir o povo. E nesse período, imagino que Deus falava através de seus servos sobre o nascimento do libertador dos hebreus e certamente essa mensagem deve ter chegado ao conhecimento dos faraós e causou-lhes medo.
Para impedir essa possibilidade o poderoso monarca ordenou que todos os meninos filhos de hebreus com menos de dois anos fossem mortos a fio da espada, e o registro bíblico é que houve um grande extermínio no Egito naquela época. Mas Deus iluminou a mãe de Moisés com a brilhante idéia de colocar o menino numa cesta e enviá-lo a casa da filha do faraó. E deu certo!
Há algumas lições implícitas nesse episódio que convém destacar.
1- Ninguém governa ou tampouco será um escravo para sempre, logicamente haverá alguém em algum tempo que vai promover mudanças.
2- O medo de perder o poder cerca quase todos ou pelo menos a maior parte daqueles que tem o poder nas mãos, pois essa mesma lástima ocorreu nos dias do nascimento do Cristo vivo quando Herodes mandou matar todas as crianças abaixo de dois anos para coibir o surgimento do futuro rei de Israel.
Sendo assim, podemos imaginar que toda vez que surgir um possível sucessor para alguém, ou que ao menos ameace a posição daquele que detém o poder nas mãos, certamente será perseguido e sua morte desejada. E o pior é que os assassinos agem sempre da mesma forma, ou seja, matam aqueles que são promessas.
Contudo devemos ter a certeza de que Deus nunca permitirá que seus planos sejam frustrados por qualquer pessoa insegura, medrosa ou ciumenta. Mesmo com todas as artimanhas e estratégias nenhum homem nunca conseguirá impedir o plano de Deus para seu escolhido, pois a bíblia diz que os passos do homem bom são confirmados pelo Senhor.
Quanto ao faraó dos dias de Moisés, o medo de perder o poder foi tão grande que acabou conduzindo seu exército ao afogamento nas águas do mar vermelho e os hebreus escravizados e perseguidos comemoraram a grande vitória que Deus lhes proporcionou.
Afinal os que confiam no Senhor são como os montes de Sião que nunca se abalam mas permanecem para sempre. (Salmo 125.1)
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