sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Crescimento da Assembleia de Deus é discutido pelos pastores da COMADESPE, no último encontro realizado em 2018

Por Marcos Cruz
 
Mesa diretora da COMADESPE reunida no templo
 da AD em São Miguel -SP, em 20.dez.18. foto: pr Edvaldo Florenço.

A Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo e Outros, (COMADESPE), realizou encontro com os pastores presidentes e conselheiros associados, para tratar assuntos pertinentes a denominação e traçar as estratégias para o ano de 2019. O evento foi realizado na quinta feira, dia 20 de dezembro no templo da Assembleia de Deus Ministério de São Miguel Paulista na capital e, contou com a presença de pastores de várias cidades do estado de São Paulo e de outros estados da federação.
Entre os assuntos tratados destaca-se o crescimento da instituição no Brasil, que segundo o presidente da mesa, pastor Carlos Roberto Silva, é menor hoje, porque a igreja batiza mais filhos de crentes do que novos convertidos gerados por meio de ações evangelísticas como acontecia no passado. “a igreja cresceu menos nos últimos anos, em relação as décadas passadas, porque batiza mais filhos dos crentes, nascidos no berço cristão e menos novos convertidos fruto da evangelização",diz o pastor.  Além disso, acrescenta que o número de pessoas que sai de uma igreja e vai para outra provoca a falsa sensação de crescimento, " A transferência de membros de uma igreja para outra é inchaço, não pode ser visto como crescimento", completa.
O trânsito de membros entre igrejas evangélicas foi título da matéria publicada pelo jornal O Globo em 26/3/17, quando informou o número de novas instituições no país e o que impulsiona o surgimento delas.
"de janeiro de 2010 a fevereiro de 2017, 67.951 novas instituições religiosas foram registradas na Receita Federal.  A teóloga Maria Clara Bingemer, professora da PUC-Rio, aponta a migração de fiéis como um ponto que possibilita o surgimento de novas entidades. Um relato comum é o de integrantes de igrejas que, ao adquirir o domínio da doutrina e das pregações, resolvem abrir sua própria igreja.
Os fiéis dessas igrejas neopentecostais, muitas vezes, são ex-católicos, ex-protestantes, estavam em outras religiões e migraram. Mas não permanecem: elas são lugar de trânsitoanalisa a teóloga". 
Números mostram a quantidade de instituições criadas. Fonte O Globo
O pastor  enfatizou a necessidade que a denominação tem de evangelizar, discipular os novos convertidos, conduzi-los ao batismo nas águas, no Espírito Santo e retomar o ritmo do crescimento que marcou a trajetória da instituição nas décadas passadas.  Do contrário poderá acontecer no Brasil o que ocorre nos Estados Unidos, onde “ cerca de 6 a 10 mil templos evangélicos são fechados, anualmente, por falta de membros e manutenção”, alerta o presidente da convenção.


O Globo PointRhema

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Há algum lugar secreto onde o homem possa se esconder de Deus? Jeremias 23.23,24




Quando penso em Deus, viajo pelo infinito tentando descobrir quem e como Ele é? Onde está? E como faz? Mas para estas perguntas dificilmente haveria respostas, porque Ele é invisível, habita em todos os lugares ao mesmo tempo e tem o conhecimento de todas as coisas.  
Sendo assim, quero me deliciar no texto de Jeremias 23.23,24 que diz “Sou Deus apenas quando estou perto [...] e, não quando estou longe, alguém pode se esconder em algum lugar tão secreto que eu não o veja? Não preencho o céu e a terra?”, diz o Senhor!
O que o texto me diz?

1-        O texto me sugere que alguém pensava que Deus só era Deus quando estava perto do                           homem. Há nas escrituras alguns exemplos de pessoas com essa concepção.
a-               O discípulo Tomé esboçou este pensamento quando disse “se eu não o ver e não tocá-lo, não crerei”.  João 20.24. Naquele momento ele materializou a fé e limitou a existência e presença de Deus ao espaço físico onde ele mesmo estava.
b-              Outro personagem é do mundo gospel atual, o cantor Alexandre Silva, propõe a mesma ideia ao cantar na música ‘Braço de Ferro’, o verso “braços de ferro e punho de aço, esse é o Deus que eu conheço”. Algumas perguntas devem ser feitas a fim de entender como e onde o cantor conheceu Deus na forma em que o descreveu na música. O braço dEle é de ferro? O Punho é de aço? Se não for nesta forma você não o identifica como Deus, já que diz “ este é o Deus que eu conheço”?  Eu conheci um deus em semelhante forma quando estive na idolatria, mas hoje desconheço. Deus é invisível!
2-        Que alguém pensava que Deus não era Deus quando estava longe.
No entanto quando ou em que momento da vida do homem foi ou é possível dizer que Deus estava ou está longe? Se sim, a que distância? À direita ou esquerda? Se pensarmos a partir do Salmo 139, concluiremos que é impossível perceber. Sabemos que Ele existe e está, mas não conhecemos exatamente o local onde está.

3-       Alguém pensa que só deve se portar como servo de Deus quando ele estiver por perto. Pergunto: em que local ou momento podemos pensar que Ele não esteja perto?
4-      Outro se porta como se Deus estivesse longe. Como fez Abraão, quando foi para o Egito fugindo da fome. Ele tentou enganar o Faraó ao dizer que a Sara era apenas sua irmã e não esposa. A princípio o monarca aceitara a ideia, mas foi duramente repreendido e punido por Deus, por meio de pragas, até que devolveu a devolveu para Abraão. (Confira a história em Gn 12.) O texto propõe o sentido de que o pai dos israelitas não acreditava na presença de Deus naquele momento e por isso tramou contra o Faraó. Será que ele pensou que pelo motivo de estar no Egito, terra pagã e idólatra, Deus não estivesse presente? Deus não apenas estava presente, como falou com o ímpio Faraó, de modo que ele ouviu, entendeu, obedeceu à ordem e entregou a Sara para o marido conforme o decreto divino.
O caso acima aponta que o patriarca, pelo menos naquele momento, foi hipócrita!
Mas o que é hipocrisia? Segundo o dicionário Bíblico Universal, editora vida, pág. 268, há diferentes definições para a palavra.

Hipocrisia- hipócrita
A palavra deriva do grego, sendo hipócrita aquele que faz o papel de ator no teatro. Nas referências do AT, as palavras hebraicas indicam profanação ou pessoa que profana. No NT, a palavra significa, algumas vezes uma hipocrisia consciente (Mt 6.16) ou inconsciente ( Mt 7.15)


No episódio que envolveu o patriarca, a hipocrisia foi consciente!
Portanto, onde quer que estejamos ou para aonde formos, Deus estará presente, mesmo que seja na mente de um ímpio em sonho, pois não há lugares onde ele não esteja como propõe o texto de Jeremias.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

PASTORES ATEUS CONTINUAM COMO LÍDERES NA IGREJA

Pregadores mantém público interessado com discurso de autoajuda

Gretta Vosper, pregando na igreja onde
 pastoreia. fonte: BBC
A pastora Gretta Vosper, 60, da Igreja Unida West Hill no Canadá, ganhou na última semana o direito de continuar o trabalho pastoral na comunidade onde é líder desde 1997, mesmo depois de ter se declarado por meio de carta , não acreditar mais na existência de Deus.
A líder respondia a processo chamado pela imprensa de “julgamento de heresia”, aberto em 2015 e, conseguiu acordo com a instituição, sob a argumentação de harmonia e inclusão. Richard Botton, novo líder da igreja desde junho deste ano, pronunciou “A dança entre esses valores centrais, como eles interagem e informam uns aos outros, é um que continuamos a explorar como seguidores de Jesus e filhos do criador", e acrescentou, "Como igreja cristã, continuamos a esperar que os ministros da Igreja Unida do Canadá ofereçam sua liderança de acordo com nossas declarações de fé compartilhadas e acordadas.", conclui o líder.
Gretta questionou a existência de Deus após o atentado contra o jornal Charlie Hebdo em janeiro de 2015 ao dizer que “a fé em Cristo pode motivar coisas ruins”, desde então, passou a pregar mensagens com o viés de autoajuda e excluiu as referencias espirituais.
Ryan Bell , ex pastor adventista que se
se tornou ateu. Fonte: internet
A canadense não é a única líder religiosa a se desconverter nos últimos anos. Os pastores Ryan Bell, Adventista, na California largou a fé definitivamente após  passar experiência de um ano como ateu e, Klass Hendrikse da igreja Êxodo, na Holanda já havia declarado há tempos que não acreditava na vida eterna e muito menos em um ser Divino.  
pastor Klass Hendrikse declarou em
2011 que não acredita em  Deus.
fonte: BBC
Na Europa não é incomum pastores serem ateus. Dados do estudo realizado pela universidade livre de Amsterdã com cerca de 1500 líderes religiosos, constatou que um a cada seis pastores é agnóstico ou ateu; um a cada 50 acredita que Deus é uma costura humana; 10% diz que ninguém sabe como Deus é; oito a cada dez acredita que existe um Deus pessoal e, três a cada cem afirma que existe apenas uma força espiritual.
No Brasil o pastor presbiteriano no estado do Paraná ,Josimar Alves do Santos, abandonou o ministério em 2012 como declaraou  por meio de carta aberta à igreja presbiteriana, publicada no site Gospel +
"Minhas decepções com a igreja me fizeram retomar a busca pelas respostas das questões polêmicas dos tempos de faculdade e de outras que foram surgindo durante minha vida pastoral. Foi então que conheci Nietzsche, filho e neto de pastor. Um filósofo que conhecia profundamente a bíblia e a teologia. Nietzsche me apresentou respostas consistentes e libertadoras através do seu O Anticristo e o Humano demasiado humano, que me salvaram do medo e da insegurança. Depois dele vieram outros como Schopenhauer, Bertrand Russell, Sócrates, os pré-socráticos e muitos outros. Até mesmo nossos contemporâneos, Richard Dawkins e Michel Onfray têm me influenciado muito. Claro que foram leituras muito superficiais, mas suficientes para trazerem respostas que não adquiri durante meus anos de leituras religiosas", diz Josimar na Carta.
Os ex-pastores se ingressaram em grupos de apoio aos novos ex-líderes religiosos que também abandonaram as pregação evangélicas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O Cristão e a Competência


A bíblia relata histórias de pessoas que foram competentes na realização de atividades que exigiram habilidades de construtor, escritor, governador, líder de acampamento, filósofos, articuladores políticos e outros. Todos os que receberam a incumbência de realizar algo para o Senhor as fizeram exatamente da forma que foi pedido. Uns mostraram habilidades para transitar entre os poderes operantes na época como foi José de Arimatéia, que articulou a liberação do corpo do Cristo para ser sepultado, e Gamaliel que deu um sábio conselho para os que queriam acirrar a perseguição contra a igreja primitiva. Já o José do Egito apresentou ótima estratégia para prevenir o império da crise econômica e social que havia de enfrentar. Houveram poetas, músicos, compositores, linguistas e etc. todos com muita habilidade.
Tanto os anônimos quanto as personalidades cumpriram exatamente o que foi pedido pelo Eterno e superaram  dificuldades que certamente não seriam suplantadas por um incompetente.
Foi o que aconteceu com Adão antes da queda relatada em Gênesis capítulo três, deu nomes aos animais existentes conforme descrito.
Abrão também merece ser lembrado por ter saído do meio dos seus parentes e amigos e peregrinar por terras desconhecidas com o objetivo de gerar um povo exclusivo para Deus, como registrado em Gn 12.  O teólogo Elienai Cabral escreveu, “Segundo a geografia do mundo do antigo, a terra prometida estavas muito além de Harã ( Gn 17.8,9). Ao deixar sua cidade , sua casa , seu povo, Abraão fazia uma ruptura espiritual com sua história passada, foi um rompimento de todas as amarras sociais, materiais e espirituais que Abraão tinha em Ur e Harã.”, escreveu Cabral.
Moisés desempenhou vários ofícios no cumprimento da missão que recebeu do Todo Poderoso. Para retirar o povo da escravidão no Egito e guia-lo pelo deserto à terra de Canaã, ele foi um príncipe egípcio, profeta, instrutor de sacerdote e coordenou detalhadamente os detalhes na construção dos paramentos sacerdotais e do tabernáculo e utensílios sagrados. Além disso, como um líder, por quarenta anos guiou a multidão na peregrinação e administrou os problemas gerados nos acampamentos decorrentes do grande número de pessoas.
No novo testamento há o exemplo de Paulo que levou o evangelho por várias partes da terra e falou a públicos de diversos níveis. Tantos os simples como os filósofos, os imperadores e os servos, os líderes religiosos e a igreja ouviram e leram a palavra de Deus e compreenderam exatamente a mensagem que Deus queria transmitir por meio do apóstolo. O resultado da competência e da obediência do pregador foi à evangelização de todo o mundo daquela época como registrado no texto de Colossenses 1.23.
John Maxwell escreveu uma reflexão importante que deve ser feita por todos que realizam qualquer tipo de atividade na igreja ou fora dela.
“Qual é a sua posição quando se trata de concluir um trabalho? Você se dedica inteiramente às coisas com entusiasmo e as executa no nível mais elevado possível? Ou às vezes bom o bastante é suficiente para você?
Ao pensar em pessoas competentes, na verdade você está considerando apenas três tipos de indivíduos:
1-     Aqueles que conseguem perceber o que precisa acontecer
2-     Aqueles que podem fazer acontecer
3-     Aqueles que podem fazer as coisas acontecerem quando realmente são importantes.

Quanto à sua profissão, em que ponto você tem um desempenho coerente? Você é um pensador, um empreendedor ou um jogador contido? Quanto melhor você for, maior será seu poder de influência sobre sua equipe.”
Bibliografia
GARDINER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. Ed 2012: Editora Vida
Maxwell, John C. As 21 Indispensáveis Qualidades de um Lider. 2000: Mundo Cristão
Cabral, Elienai . As Experiencias do Nosso Pai na Fé. 2002 CPAD

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

ÉTICA MINISTERIAL E FIDELIDADE DO OBREIRO



Introdução
A credibilidade dos líderes evangélicos brasileiros sofre arranhões a cada dia, devido aos escândalos em que se envolveram e também à perda da identidade por conta da rendição ao apelo da indústria cultural, à substituição do evangelismo pessoal pela ocupação no ciberespaço, à secularização do sagrado e à falta de profissionalização em grande parte dos serviços prestados dentro da igreja que engloba o ensino, formação de professores e líderes.
O Jornal Diário do Centro do Mundo (DCM) de 25.12.2017 publicou matéria com título “Fé demais não cheira bem: como as igrejas evangélicas lavam dinheiro”, assinada por Joaquim de Carvalho, que traz informações referentes aos escândalos financeiros envolvendo grandes igrejas evangélicas brasileiras, como a AD de Campinas, denunciada na operação Lava Jato por lavar mais de 250 mil depositados em conta pelo então deputado Eduardo Cunha, atualmente preso. Além de citar os envolvimentos das outras igrejas como IURD, Internacional da graça de Deus, Renascer em Cristo, IPDA esta, no caso do apartamento comprado pelo então presidente missionário David Miranda, que, apesar da compra e do pagamento à vista, não quis transferi-lo para o seu nome.
Além disso, outros casos de pastores, pregadores, cantores e obreiros da igreja, levados a público, aumentam ainda mais a desconfiança em relação às instituições evangélicas do país e seus representantes. São escândalos sexuais, drogas, a exemplo dos vídeos dos cantores gospel que foram divulgados na mídia nos últimos anos, além de falsidade ideológica, extorsão, exploração da fé e outros.    
Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgados no primeiro semestre de 2017 apontam que o índice de informação, confiança e conhecimento dos brasileiros nas instituições do país vem caindo a cada ano. A pesquisa procurou responder se, para os entrevistados, as organizações cumprem seu dever com qualidade. Para os entrevistados, as Forças Armadas ocuparam o primeiro lugar, enquanto a igreja católica, o segundo. Impressionou o fato de as redes sociais, maior meio de propagação de fake news, aparecerem em quarto lugar, conforme quadro abaixo.

Por outro lado, o IBOPE divulgou resultados da pesquisa do Índice de Confiança Social (ICS), realizada em 2017. Nele, a categoria igreja, que engloba todas as religiões atuantes no país, recuperou o índice de 71 pontos registrado em 2012. O gráfico mostra queda de 2009 a 2014. Obs.: O site explica que o índice entre os evangélicos subiu de 71 para 78 pontos.
Além do que já foi citado, há também mudança de posicionamento da igreja referente ao divórcio e novo casamento, à homossexualidade, ao aborto, à política, à descaracterização do pregador e pastor no exercício do ministério, a músicos, à linguagem e muito mais. Em muitos casos, parece ter havido uma conformação por parte da igreja, de forma que muitos líderes, e especialmente os novos, apresentam a característica de não saber o que fazer diante do mundo de incertezas.
Por que muitos obreiros não sabem que decisão tomar, nem como se comportar? Ou ainda, não sabem o que fazer mesmo na era do saber? Discutiremos alguns pontos dentro da ética ministerial e fidelidade do obreiro.
1.      Definições de Ética
“A ética é o ramo da filosofia que se ocupa coma valorização do comportamento humano”.
Ela procura responder as questões relacionadas aos valores ideais numa sociedade feliz e pacífica, tais como “que devo fazer”?”, “ como devo fazer? “e” como devo agir?”
Assim, a ética cristã procura refletir sobre o comportamento ideal, o “dever ser” do cristão, para uma convivência harmoniosa dentro da igreja.
(VIEIRA, HUMBERTO SCHIMITT. Manual de Ética ministerial).
2.      As Tradições ético-filosóficas na história.
No campo da reflexão sobre o agir humano, como destacam-se em três grandes tradições filosóficas.
 A primeira é a “Ciência das Virtudes” de Aristóteles, filósofo que viveu há 2300 anos. Ele situou sua filosofia entre a física e a política. A rigor, as ciências filosóficas da práxis deveriam ser três: a ética centrada no agir individual, a economia que deveria ser voltada para a práxis doméstica ou familiar, e a política, idealizando as relações humanas dentro da Cidade-Estado e das cidades entre si. O que caracteriza a ética aristotélica e dos seus seguidores, é que ela estuda o agir a partir de uma concepção do homem como sendo: um animal político, que tem linguagem e age logicamente e que precisa desenvolver-se dentro de uma sociedade concreta, num período de tempo, dentro de formas concretas de governo de uma cidade, se quiser ser feliz. O ideal de Aristóteles, então é o do homem virtuoso, significando a virtude como uma força, um vigor uma excelência relacionada aos valores práticos e intelectuais da existência. O mais virtuoso seria o mais capaz de realizar-se como homem, atingindo assim a felicidade, meta procurada por todos.
A segunda tradição ética, de estilo mais anglo- saxônica, é a corrente do utilitarismo. Os seguidores desse modo de pensar são geralmente pragmáticos, de modo imediatista, contentando-se com uma moral provisória. São menos especulativos, e raciocinam praticamente assim: o maior valor ético deve consistir em procurar o bem possível para o maior numero possível de homens ou pessoas, no dizer de Peter Singer, em sua ética prática. [...] lembremos apenas a parábola dos dois filhos (Mt 21.28-32) , quando um diz “não”, mas se arrepende e faz a vontade do pai, e o outro diz “sim” e não faz, talvez até achando que já fez o suficiente ao prometer que o faria. Poder-se-ia objetar que o utilitarismo se move um pouco no ar, à medida que não defino o que seria este bem.  O que se deve conseguir para o maior número possível de pessoas: mais livros ou mais pão? [...] Mas sobre o que seria o bem para os homens, esta corrente geralmente não pensa muito.
A terceira grande tradição filosófica que atua até hoje é a da linha kantiana, centrada sobre a noção do dever.  Parte das ideias da vontade e do dever conclui pela liberdade do homem, cujo conceito não pode ser definido cientificamente, mas que tem de ser postulado sempre, sob pena de o homem se rebaixar a um simples ser da natureza. Kant também reflete sobre a felicidade e também a virtude, mas sempre em função do conceito do dever. É famosa na obra de Kant sua formulação do chamado “imperativo categórico”, nas palavras: “Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”. [...] Ora o pensador alemão, com seu imperativo categórico, forneceu na prática, um critério para o agir moral. Se queres agir moralmente (vale dizer: racionalmente)- o que aliás tu tens a fazer- age então de uma maneira realmente universalizável.
O dever obriga, força-nos a fazer o que talvez não quiséssemos ou que pelo menos não nos agradaria, porque o homem não é perfeito, e sim, dual. Mas , quando nos força, nos obriga a fazer aquilo que favorece a liberdade do homem, porque o homem é um ser autônomo, isto é, sua liberdade, no sentido positivo, consiste em poder realizar o que ele vê que é o melhor, o mais racional. Poder realizar significa: causar por vontade própria um efeito no mundo ao lado das causas naturais que pertencem, como Kant, ao mecanismo da natureza. O homem neste sentido é o legislador de uma sociedade ética: é legislador porque ele que vê tudo o que deve ser feito, e membro ou súdito porque obedece aos deveres que a sua própria razão lhe formula. É a ética do respeito à pessoa.
                                                                                                                                                                
O ponto em comum é que elas se situam na posição intermediária entre, por um lado, as morais religiosas ou tradicionais, que poderíamos chamar de dogmáticas, isto é que contêm explicações tradicionais reveladas, quer por uma divindade transcendente, quer por força da tradição histórica, e, por outro lado, as atitudes que poderíamos chamar de infra- éticas. Atitudes infra-éticas apresentam, por exemplo, aquelas que não vivem ao menos conscientemente, ao nível ético das escolhas do “bom” e do “bem”, do “agir bem” ou do “bem comum”. São pessoas que buscam apenas o prazer, ou o proveito pessoal, ou as vantagens econômico-financeiras, em todas as ocasiões.
(Prof. Dr. Côn. José Adriano. Apontamentos sobre a ética cristã- Revista de Cultura Teológica p.12)
3.      Em relação às escrituras Sagradas, sempre houve um éthos bíblico.
No pacto da criação, na formação da nação de Israel, na entrega do decálogo que deveria ser aceito como a vontade de Deus para o povo, no relacionamento que deveriam ter entre si, no processo de desenvolvimento como sociedade, na consciência que ao aceitarem a aliança de Deus no Sinai aceitaram a condição de ser o povo de Deus.
No novo testamento, Jesus não abandonou nenhuma das ordenanças do AT; antes, ele interpretou todos os preceitos dele com base em uma exigência de totalidade e interioridade. Ele é a imagem da obediência e mostrou que o reino de Deus havia se aproximado e definiu que a vida do cristão bem sucedido é cheia do Espírito Santo, mesmo não isenta das aflições humanas.
Não fugindo a regra, a igreja primitiva se apresentou como comunidade fervorosa, cheia do Espírito, distante do pecado, de boa convivência entre os irmãos; se entregaram pelo bem estar da comunidade e cumpriram a vontade de Deus; a comunidade gozou da presença de Deus como diz o texto em Mc 16.20: “Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a Palavra com os sinais que a acompanhavam”.
A relação entre os irmãos era a representação da harmonia proposta pelo Senhor, de maneira que , segundo a escritura, em nenhum deles sentia falta de nada, pois em todos havia abundância de graça. Houve aqueles que quiseram sair do meio e saíram, mas outros tentaram simular bom comportamento, sem sucesso. Foram eliminados como no caso de Ananias e Safira, que está registrado em Atos 5, e os jovens de Atos 19.13 -14.
Viveram de maneira exemplar, apresentaram Deus para comunidade de sua época por meio do comportamento; O exemplo e comprometimento foi tanto que mesmo as igrejas mais distantes de Jerusalém não conseguiam se desconectar do ambiente e de toda a responsabilidade existente ente os cristãos daquela igreja.
4.      Ética Ministerial.
Segundo Vieira,” a ética ministerial por sua vez, irá idealizar os valores necessários para que se vislumbre o comportamento também ideal dos ministros da casa de Deus.”
Algumas perguntas nos ajudarão a extrair mais do tema em questão. São elas:
a.       Por que tantos problemas como os citados no início do texto?
b.      Todos os ministros do evangelho e obreiros da casa do Senhor são sujeitos ministerialmente éticos?
c.       A falta de conhecimento acadêmico, que hoje é acessível a quase todos, compromete a excelência do trabalho; Tendo como ponto de vista, os homens que serviram de instrumento para a execução da vontade de Deus desde a chamada de Abrão?
d.      Por que há falta mão de obra profissional dentro da igreja, especialmente por aqueles que exercem o ministério, sendo que, quem executa algum tipo de serviço, atende ao povo por chamada divina? Então, o vocacionado pode aprimorar a vocação? E se não procura, por que não o faz? É ético não o fazer?
e.      A secularização do ministério compromete a espiritualidade, ou seja, o uso do marketing e a ocupação do ciberespaço em substituição ao evangelismo pessoal apagam a atuação do Espírito Santo?

5.      Fidelidade do Obreiro.
Um dos argumentos mais comuns entre os pastores e líderes evangélicos, sem generalizar, é de que adquirem a capacidade de tomar decisões corretas a partir das experiências pessoais com o Espírito Santo.
Conforme está escrito em Rom 8.13-14,o Espírito nos possibilita a vida; em João 16.13 ,  Ele nos guia a toda verdade; e em 1 Cor 6.19-20, Ele habita em nós , por isso, a segurança para decidir sobre as questões morais é tão aparente. Mesmo assim, é preciso considerar a importância do conselho de Jetro para Moisés, de Eli para Samuel, Ananias para Paulo, e outros que influenciaram por meio do aconselhamento.
Há no texto de Jonas 1. 1-6 um fato que elucida o pensamento em questão. No versículo 1,  diz o texto em português, que a palavra do Senhor veio a Jonas, filho de Amitai com seguinte ordem: "Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença".
No versículo 6, o capitão dirigiu-se ao profeta e disse: "Como você pode ficar aí dormindo? Levante-se e clame ao seu deus! Talvez ele tenha piedade de nós e não morramos".
A palavra traduzida por piedade na Nova Versão Internacional (NVI) vem do Hebraico (hith Hashat /יתעשת ), que tem a raiz aramaica עשת/Hashat e se traduz literalmente para o português como “conhecimento”. O fato permite pensar que o escritor a deixou no texto para mostrar ao leitor que ela foi fundamental para o profeta reconhecer que Deus estava falando novamente por meio de um estrangeiro. Pois o capitão falou no mesmo modo verbal,  imperativo, que Deus havia falado no versículo primeiro. Deus disse em hebraico: “vá e pregue aos ninivitas”, enquanto o capitão, em estrangeirismo, disse: “Vá e clame ao seu deus, talvez tome conhecimento de nós”.  Jonas não obedeceu porque temeu o mar revolto ou a possibilidade do naufrágio, nem se apavorou como os marinheiros, e tampouco se preocupou com o grande peixe; mas porque identificou na fala do capitão o mesmo modo que Deus havia falado quando o comissionou. Então, para o bem de todos, decidiu cumprir o dever e salvar a vida dos passageiros do navio.
Portanto, o líder deve adquirir experiência pessoal com o Espírito Santo e considerar que o mesmo Espírito usa professores, textos, pregações, ensinos, simpósios, seminários e aconselhamento pastoral e outros meios, a fim de prepará-lo para decidir corretamente diante de qualquer situação.
Algumas questões sobre o tema:
a.       Devo pensar que a escolha de ser fiel a Deus e a ética ministerial dependem apenas da experiência pessoal?
b.      O que o ministério para o qual fui chamado exige de mim para o melhor desempenho, aproveitamento e edificação de todos?
c.       Sou fiel?
Bibliografia:
Bíblia Sagrada Versão NVI.
Tanakh (Torah, Nevi-in, K’tuvim). The British foreign Bible Society.
CARTER, JAMES E e TRULL, JOE E. Ética Ministerial.
VIEIRA, HUMBERTO SCHIMITT. Manual de Ética Ministerial. 2ª edição.
ADRIANO, JOSE.  Apontamentos sobre ética cristã. Revista Cultura Teológica, https://revistas.pucsp.br/culturateo, v. 15 – 59- p. 12-16 ABR/JUN 2007.

terça-feira, 31 de julho de 2018

85ª AGO da COMADESPE no Olhar do Convencional

Culto do Sábado a noite - foto de Marcos Cruz

A Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo e Outros (COMADESPE), realizou a 85ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 26-29 de Julho de 2018 , no templo da Assembleia de Deus localizado na cidade de Guaratinguetá-SP. O evento que teve como tema “O Líder e o seu Chamado”, foi treinamento para os participantes, criou oportunidades de amizade para os convencionais e revelou a capacidade administrativa da igreja da cidade. O encontro contou com a participação de pastores de vários estados do Brasil, dos Estados Unidos e Nigéria; além da presença do governador do estado de São Paulo, Marcio França, do deputado federal Gilberto Nascimento, do estadual Adilson Rossi, do prefeito da cidade hospedeira, Marcus Soliva e da prefeita da cidade de Piquete, Ana Maria de Gouvêa, ‘Téca’.
Os convencionais trocaram informações, expuseram materiais, como fez o pastor José Verneques com o livro ”Jornada Ministerial”, material destinado a quem exerce o ministério; e o evangelista Joas Vial, que lançou a apostila “Cuidado Pastoral”, uma síntese do TCC que passará pela banca da Universidade Metodista no final deste ano,e discute problemas como o burnout e a depressão, doenças que o pastor pode desenvolver devido o excesso de trabalho, o isolamento, a ausência de confidente e mentor, a falta do descanso semanal e anual que podem levar ao suicídio caso não sejam tratadas. O pastor presidente da mesa, Carlos Roberto, seguido pelo pastor Edvaldo Florêncio, apoiou e recomendou os materiais aos presentes no plenário.
Foto de Marcos Cruz
Não apenas isso, mas os convencionais também viram a igreja hospedeira dar um show de organização com alimentação saborosa, filas organizadas para às refeições, rapidez no reabastecimento dos rechauds, templo e banheiros limpos, serviço de recepção agradável, enfim, sob a liderança do pastor Afonso Chaves tudo foi bem organizado.
Além disso, duas mulheres, com câmeras fotográficas profissionais, fotografavam os cultos da noite. Ao conversar com uma delas, por nome de Stela, tomei conhecimento da alegria sentida em fazer fotos da igreja.  “Eu e minha irmã gostamos de tirar fotos, e por isso registramos os eventos para a igreja”, disse a fotógrafa. Aproveitei a oportunidade para fotografá-las com meu BlackBerry.
Foto de Marcos Cruz
E as esposas dos pastores? Foram encantadoras!  Reuniram-se num local a parte, fizeram estudos e devocionais, ensaiaram músicas e cantaram louvores no culto do Sábado à noite, e como esperado, a graça de Deus foi percebida ainda mais no ambiente.
Nos quatro dias de evento, reencontrei antigos amigos e fiz novos. Com uns tive a oportunidade de conversar e almoçar, como foi com o pastor Vitor de Cubatão; com outros troquei informações, sugestões e visões de trabalho. Houve aqueles com quem discuti os temas discorridos pelos oradores na escola bíblica. Mas confesso que alguns pontos das palestras que ouvimos foram tão difíceis de digerir, como foi o “pato” para o pastor Wilkerson Senhorinho de Suzano, mesmo assim tudo bem estávamos numa escola bíblica e questionamentos fazem parte! Por fim, no olhar de um convencional, a 85ª AGO da COMADESPE foi muito boa.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Paz do Senhor!
fiz um vídeo abaixo sobre a parábola do Filho Pródigo e destaquei alguns pontos bem interessante.
Assista e depois comente.
Saudações.
Pr Marcos Cruz!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Fórum de Debates de Mulheres na ADMI





imagem Marcos Cruz                                         


Assembléia de Deus Ministério de Interlagos (ADMI), promoveu nesta segunda feira o primeiro debate de mulheres sobre o tema maternidade espiritual. Participaram do evento as componentes do grupo feminino da ADMI e as convidadas especiais miss. Silvia Almeida da Assembleia de Deus Santo Amaro (ADSA), Jaqueline Botelho, que trabalha  no Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e professora na escola dominical na Assembléia de Deus Ministério Colonial (AD Colonial), Maria Aparecida Silva Gomes da Assembleia de Deus Brás (ADBrás) .
Com objetivo de trazer informações que ajudem as mães promover o crescimento espiritual dos filhos, a irmã Maria Luisa, publicitária e idealizadora do fórum, abriu o evento e abordou o sofrimento de hagar ao ver o filho Ismael passar fome e o não desejo em contemplar a morte quando estava no deserto. Foi sucedida pela Jaqueline que falou sobre a importância da influencia e parceria com o filho sem perder a autoridade sobre ele.
Em seguida, a irmã Maria Aparecida da ADBrás,  relatou a dificuldade de perder o esposo e como conseguiu aproximar os filhos por meio do diálogo e traze-los a presença de Deus. Logo após, a Miss Silvia da ADSA, falou sobre a transparência da mãe cristã dentro do lar e o dever dos pais em ser claro na exposição do funcionamento da casa.
Na sequencia as mulheres da ADMI foram envolvidas no debate por meio de perguntas e respostas que resultou em troca de experiências, satisfação, comunhão e estratégias para promover o crescimento espiritual dos filhos.
O debate terá o encerramento hoje (13) as 15h. Interessadas em participar podem comparecer  no templo da ADMI, a rua José Francisco de Freitas, 846 jd Maria Rita- SP.


Por Marcos Cruz

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Liberdade que escraviza




Muitos são os artigos que condenam a religiosidade e suas praticas que resolvi escrever sobre o tema. Primeiro procurei saber o que significa religioso e religiosidade no dicionário.
O Infopédia diz:
1.relativo ou pertencente à religião, pertencente a um estabelecimento monástico, observador dos preceitos da religião que professa ,devoto, pio, santo, zeloso, escrupuloso, figurado pontual
Aurélio: Frade, monge, Pertencente ou relativo à religião. Conforme com a religião, piedoso, Pio, observador dos preceitos religiosos, Inspirado pela religiosidade, Profundo, austero, respeitoso, Sagrado, santo, não profano, Pertencente ou relativo a instituto monástico, Pontual, escrupuloso.
Religiosidade no Aurélio é qualidade de quem é religioso.
Partindo desse princípio, penso nas muitas mensagens que leio nas redes sociais sobre a religião, libertação e desprendimento da religiosidade. O pretexto é que tais práticas para nada serve a não ser escravizar o incauto, e nada tem a ver com Deus, graça,  e que faz mal ao homem exatamente por ter sido criado e praticado por homens.

Pensando nisso, trarei para a conversa a vida do Senhor Jesus Cristo que foi levado ao templo ao oitavo dia, com duas rolinhas para o sacrifício conforme ordenou Moisés em Lv 12.8 para as famílias que não conseguiam levar um cordeiro; passou pelo B`rit milah reunião de sabatina que constatava o amadurecimento do adolescente e o tornava um homem conforme o judaísmo;  pagou o imposto cerimonial do templo (Mt 17.24) conforme a instituição de êxodo 31.11-16;  chamou o templo de minha casa (Mt 21.12-13); todos os dias ensinou no templo como disse em Mt 26.55; permitiu que a mulher do fluxo sangue tocasse no tzitzit que era uma franja do talit ( Mt 9.20), enfim, cumpriu toda a lei (Lc 2.39) e viveu conforme o judaísmo dos seus dias.
Então pergunto: será que todas as vezes que o Senhor pronunciou um discurso duro contra os religiosos da época falava contra si mesmo? Teria sido ele um hipócrita? Teria ele usado de palavras fortes com os religiosos quando ele era um?
Tais perguntas devem ser respondidas quando há intenções de se criticar a religiosidade.
Muitos querem se livrar da igreja e do cristianismo e associam o zelo de congregar, orar, ler a bíblia, a piedade, a caridade e a devoção com os fariseus e saduceus dos dias de Jesus e a quem o discurso dEle se destinava.  Com isso deixam de lado os bons costumes e práticas religiosas, como as roupas, cerimoniais, liturgia e até mesmo ato de congregar; e assim tornam-se cada dia mais relaxados, irreconhecível e insociável ao cristianismo.
Na verdade, a fé cristã está sofrendo um ataque dos que pregam que o cristão deve libertar-se da escravidão religiosa por um lado, mas por outro, sofre os ataques disfarçados de inspiração divina que tem como objetivo mergulhar a igreja num sincretismo sem fim através do uso dos utensílios, roupas do cerimonial  judaico, ou então, da transferência de unção e tantas outros movimentos. E com isso o crente foge cada vez mais do cristianismo e das responsabilidades com a fé cristã. Que Deus nos ajude!